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Yasser Arafat, Presidente da Palestina (1929 – 2004)

Yasser Arafat, Presidente da Palestina (1929 – 2004)

Mohammed Abd el-Rahman Abd el-Raouf Arafat, homen
político Palestino, nascido em 24 de agôsto de 1929,
numa família de notáveis de Al-Qods (Jerusalém), os
Husseini.
Também conhecido pelo seu nome de guerra, Abu Ammar.

Ele participou dos combates na Palestina em 1948,
depois se refugiou em Gaza antes de seguir para o
Cairo onde estudou engenharia civil. Foi presidente da
União dos Estudantes Palestinos de 1952 a 1956,
participou em seguida da guerra de 1956, com a patente
de sub-tenente no exército egípcio. Várias vezes foi
preso por suas atividades políticas no Egito, em 1959
se instala no Kwait onde funda o Fatah, juntamente com
Salah Khalaf (Abu Iyad), Khalil al-Wazir (Abu Jihad),
Mahammud Abbas (Abu Mazen) e Farouk Kadumi (Abu
Loutof). Por causa do grande número de Palestinos, em
boa situação econômica vivendo nos Emirados, e da
grande liberdade que se beneficiam, o Fatah se torna
rapidamente a primeira organização política Palestina.

Depois da derrota Árabe de 1967, e da integração
dentro da O.L.P. (Organização para a Libertação da
Palestina), renovada pelo movimento dos Fedayins que
tinham se formados fora dela, Arafat se torna
presidente do Comitê Executivo designado para o
Conselho Nacional Palestino (C.N.P.), em fevereiro de
1969 e é eleito presidente da Organização. Em 1973,
ele é designado Comandante-em-Chefe de todas forças
combatentes Palestinas. Em 1974 ele vem diante da
Assembléia Geral das Nações com um ramo de oliveira e
uma arma. A simbólica justaposição da Paz e da
Resistência que definiu a vida política da Arafat.

Em 1983, em plena guerra do Líbano, ele é forçado a
deixar Beirute, cercada pelo exército israelense, e
vai para Tunísia, onde são instalado o Quartel-Genaral
da O.L.P.. Em 15 novembro de 1988, ele proclama a
independência da Palestina, onde dota uma moção onde
todas as Resoluções das Nações Unidas são reconhecidas
e pede negociações diretas com “Israel”. Ele é eleito
pelo Conselho Nacional Palestino(C.N.P.) presidente do
Estado da Palestina em abril de 1989.
Em 1993 ele assina a Declaração de Princípios na Casa
Branca, entre a O.L.P. e “Israel”, e em 1994, após
longos anos de exílio ele retorna para a Palestina,
onde é eleito Presidente da Autoridade Palestina
(A.P.) com 87,1% dos votos, na primeira eleição geral,
sob contrôle de observadores internacionais, nos
territórios Palestinos em janeiro de 1996.

Após o fracassodas negociações de Camp David sobre o
“status definitivo”em julho de 2000, Arafat foi
acusado de de “não responder positivamente as
proposições israelenses”. Estas últimas, apresentadas
pelo primeiro ministro Barak e pelo ministro do
interior Shlomo Ben Ammi, foram fontes de desacordos
pois não tratava claramente do status de Al-Qods
(Jerusalém) e das colônias na área de 1967 (West Bank
e Gaza). Enfim, o Estado Palestino seria composto
de“bantustões”na Cisjordania e Gaza, isolados do mundo
exterior.

Depois do início da segunda Intifada (Intifada de
Al-Aqsa), o futuro de Yasser Arafat se tornou incerto.
Abertamente criticado por tropas, que ele parecia não
poder mais controlar, seu poder foi ameaçado pela
estratégia israelense totalmente concentrada na
destruição da infraestrutura e líderes Palestinos da
Resistência.
Ele foi então aprisionado no seu quartel-general
(Muqata), desde dezembro de 2001, sitiado por diversas
vezes pelo exército israelense em 2002. O governo
sionista tenta convencer a comunidade internacional de
boicotá-lo, mas o apelo é rejeitado pelo conjunto dos
países Árabes e europeus. Em fevereiro de 2003, sob
intensa pressão internacional, notadamente os Estados
unidos e União Européia, o líder Palestino é obrigado
a aceitar a criação do posto de primeiro ministro e
assim dividir seu poder. O Conselho Legislativo
Palestino (C.L.P.) aprova a criação deste novo posto
por esmagadora maioria, mostrando assim seu desejo de
reformar a A.P.. Este arranjo permite Arafat de
conservar o contrôle da segurança e da política
exterior, enquanto o primeiro ministro é encarregado
do interior e da formação do governo.

A escolha de Mahammud Abbas (Abu Mazen) para este
cargo, primeiro ministro, é apoiada pelo “quarteto”
(Estados Unidos, Russia, União Européia e pela
O.N.U.), que esperavam que ele fosse capaz de reformar
a A.P. reduzindo os poderes de Arafat, e retomar as
“negociações de Paz”. Mas por causa do conflito pelo
poder ele renuncia a seu posto em 07 de setembro de
2003, e é substituido por Ahmad Qorei (Abu Ala’), que
continua em desavença com Arafat na escolha do posto
do ministro do Interior.

Após a demissão de Abu Mazen, “Israel” ameaçou Arafat
de expulsão e até mesmo de morte, provocando
manifestações através dos Territórios Ocupados e da
comunidade internacional. Recentemente, Arafat foi
novamente ameaçado de morte, medida criminosa que
“Israel” já aplicou contra os líderes espirituais do
Hamas, Sheikh Ahmad Yassin, e seu sucessor, o médico
pediatra Dr. Abdel Aziz Al-Rantissi.
Com a tentativa de marginalizar Arafat, “Israel”
obteve o efeito contrário, e ele ganhou apoio da
população.

Em novembro de 2004, Arafat voou de sua Muqata
(quartel-general) em Ram Allah – Palestina para
França, onde em um hospital militar Percy de Clamart,
no subúrbio de Paris recebeu tratamento para sua grave
e misteriosa doença. Diferentes informações afirmaram,
em 03 de novembro de 2004, que Arafat estava em coma
ou era apoiado por aparelhos para sobreviver, outros
declararam que a situação era estável e reversível.

Hoje, 11 de novembro de 2004 , as fontes oficiais
médicas do Hospital de Percy, declararam que Yasser
Arafat faleceu as 04:30 desta manhã em Paris.

O funeral será na mesquita Fayçal no Cairo, e em
seguida será enterrado em Ram Allah, na sua Muqata
(quartel-general) nos Territórios Palestinos Ocupados,
onde passou os últimos três anos de sua vida como
prisioneiro da entidade sionista; “Israel”.
Seu desejo de ser enterrado em Al Qods (Jerusalém), a
eterna capital da Palestina, foi negado pelos
ocupantes sionistas que desprezam os Direitos
inalienáveis do Povo Palestino; tanto na vida quanto
na morte.

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