Homenagem da UNIPA a este importante personagem revolucionário de nossa história e a todos que como ele lutaram e tomabram na luta do povo.
Homenagem da UNIPA a este importante personagem revolucionário de nossa história e a todos que como ele lutaram e tomabram na luta do povo.
35 ANOS SEM MARIGHELLA
União Popular Anarquista - UNIPA
Sabemos e estamos convictos que a memória histórica também é um importante campo onde se trava a luta de classes, e por isto, também é dever dos revolucionários saber intervir e disputar neste campo com a burguesia, pois, como já foi dito por historiadores pertencentes ao campo do socialismo: "quem controla o passado, controla o futuro". Aquilo que conhecemos a respeito do nosso passado, e a forma pela qual o conhecemos influencia diretamente naquilo que entendemos que podemos construir em nosso futuro, e para todos os socialistas revolucionários não existe melhor aprendizado para as presentes e futuras batalhas contra a burguesia que aquele que nos fornece a história das lutas passadas dos trabalhadores pela sua libertação.
Dia 04 de novembro de 1969, Alameda Casa Branca, cidade de São Paulo. Neste dia e neste local era assassinado pelos comandos da repressão política da ditadura militar-burguesa o revolucionário e combatente Carlos Marighella. O "terrorista" - como era norma qualificar os revolucionários em armas, e como voltou a ser hoje em dia - havia sido capturado numa trama policial que envolveu todo o arsenal disponível para a guerra suja, tendo como seu instrumento maior a prática generalizada da tortura como método de extração de informações. Tal era o terror que os revolucionários em geral, e Marighella em particular, inspiravam nos agentes repressores da burguesia que no cerco que levou à morte de Marighella registrou-se o fato de os policiais balearam-se entre si tomados pelo nervosismo.
Carlos Marighella, filho de uma negra baiana e de um operário imigrante italiano, nasceu no seio da classe a qual iria servir - não sem contradições, fique claro - entregando neste serviço sua vida e sua morte. A trajetória política deste revolucionário remonta à década de 30, quando já atuava no interior do Partido Comunista. Com a repressão varguista generalizada contra os militantes de esquerda, é preso durante todo o Estado Novo saindo às ruas na Anistia de 1945, elegendo-se deputado pelo mesmo Partido Comunista para a Assembléia Constituinte. Milita durante toda a década de 1950 neste partido e em 64 recusa-se a seguir a definição do Comitê Central do PCB que exige que seus militantes entreguem-se à repressão reacionária dos golpistas militar-burgueses. Esta atitude, que lhe causou alguns ferimentos à bala quando foi descoberto pela polícia em um cinema onde se escondia, já demonstra uma grave ruptura com a linha política dos colaboracionistas do PC que haviam neglicenciado toda e qualquer resistência popular ao golpe e que agora propunham entregar, cabeças baixas, os militantes do povo nas mãos da repressão, nos marcos da adoção da linha da "oposição democrática" à ditadura.
Marighella vai consolidar seu posicionamento contra a linha do PCB ditada diretamente por Moscou no âmbito da política da "coexistência pacífica" com o mundo capitalista, durante a reunião da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS) em Cuba, onde apontava-se - ao contrário - no caminho da difusão da luta armada em todo o continente. Marighella defende contra o Comitê Central do PCB a política da OLAS e é expulso do partido, não porém, sem antes articular um enorme "racha" no "Partidão" que iria originar a Ação Libertadora Nacional, a maior organização revolucionária político-miltar que atuou no país nas décadas de 60 e 70. Ao contrário do que mente a "história oficial" da burguesia, os camaradas da ALN e das diversas organizações revolucionárias que atuaram neste período, como a Vanguarda Popular Revolucionária, o Movimento Revolucionário 8 de Outubro, a Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares, entre outras, foram não grupos de aventureiros juvenis irresponsáveis, mas a melhor expressão dos operários, estudantes e camponeses organizados na esquerda revolucionária que souberam ousar lutar contra a reação burguesa e contra o reformismo burocrático da esquerda colaboracionista, procurando seus caminhos, tortuosos e incertos, porém, caminhos e não imobilismo.
Longe de nós a tarefa de criação de mitos, ou a promoção de celebrações acríticas e estéreis de personagens da história da luta revolucionária de nosso povo. Os equívocos, e não somente os acertos, de Marighella e de todos os combatentes revolucionários do passado, são uma vasta fonte de aprendizado para nós, todos os militantes revolucionários do presente, e por isto não é nossa intenção ignorá-los, mas sim apresentá-los criticamente. A princípio é preciso deixar claro que Marighella, a vida toda identificou-se e baseou sua prática política nos ensinamentos do marxismo-leninismo, que como a história demonstrou na Rússia e em outras situações revolucionárias, se por um lado apresentou uma relativa eficácia no que diz respeito às tarefas destrutivas da revolução, por outro lado, apresentou-se funesta no que diz respeito às tarefas da construção socialista, tendo guiado em todas as partes, mais cedo ou mais tarde, no sentido da burocratização e da restauração capitalista. Sem nos determos no óbvio equívoco que representa toda a atuação do PCB ao longo da história da luta de classes em nosso país, é importante ressaltar a adoção e defesa por parte de Marighella da estratégia foquista para a luta revolucionária a partir da década de 60, que foi a orientação principal da ALN por ele dirigida.
A crítica anarquista ao foquismo enquanto estratégia revolucionária socialista foi exposta primeiramente pela Federação Anarquista Uruguaia histórica em 1972 em seu documento intitulado "Copei", produzido no calor mesmo da luta armada desenvolvida, sob outra estratégia, por esta organização em seu país. O fundamento desta nossa crítica ao foquismo diz respeito fundamentalmente ao papel das massas e ao papel da organização especificamente política no processo revolucionário. Para a realização de uma revolução social vitoriosa, que efetivamente seja capaz de expropriar e desalojar do poder a burguesia e implantar o Poder Popular construindo o socialismo, é necessário ter como sujeito deste processo importantes setores da massa trabalhadora ativamente organizados e mobilizados, para este fim. A criação de tais condições é tarefa de organizações revolucionárias especificamente políticas que sejam capazes de dirigir a luta dos trabalhadores nos seus mais diversos níveis, inclusive e fundamentalmente a nível de massas, tarefa esta que não pode ser substituída pela ação exclusivamente armada de um foco guerrilheiro tal como preconizado pela teoria do foquismo, que historicamente contribuiu decisivamente para levar os revolucionários à derrota em nosso continente e em nosso país.
Para além destes equívocos apresentados em relação à trajetória militante de Marighella, achamos importante ressaltar o seu exemplo de combatividade, perseverança e intransigência revolucionária, que o conduziu não aos altos postos ministeriais fornecidos pela colaboração com a burguesia, mas ao digno lugar reservado àqueles que tombam em defesa do povo e de seus mais preciosos direitos. Marighella representa acima de tudo a negação do reformismo burocrático e a afirmação da ação revolucionária como princípio. Marighella é a expressão de tudo aquilo que a burguesia brasileira e seus serviçais colaboracionistas no governo federal querem apagar ou deformar em nossa história. Em um momento histórico em que ex-guerrilheiros arrependidos, como José Dirceu e Dilma Roussef, transformam-se em ministros da burguesia, em que convictos reacionários, como José Genoíno, posam como heróis de uma "resistência democrática" que nunca existiu. Neste momento em que Lula e o PT decidem pela manutenção em segredo dos arquivos da ditadura, e em que a grande maioria dos setores populares organizados foram tragados para dentro deste governo neoliberal francamente pró-imperialista, é fundamental manter erguida alta a memória de nossos combatentes. Em relação à nossa história, toda a burguesia e todos os colaboracionistas, na prática, engrossam as fileiras dos ditadores, enquanto nós, as dos combatentes revolucionários. Não há meio termo.
Entendemos que lembrar e homenagear a memória do camarada Carlos Marighella é não somente um ato de justiça, mas antes de tudo uma tarefa política. O legado dos revolucionários da década de 60 e 70 em nosso país não foi apenas abandonado, ele é, pela burguesia e seus serviçais políticos e intelectuais, sistematicamente deformado, ridicularizado, pervertido, de uma maneira que não possa ser resgatado. Existe um abismo no que diz respeito à memória social da luta de classes em nosso país, e este abismo consiste exatamente no que diz respeito ao período da ação revolucionária das organizações político-militares que combateram a ditadura dos capitalista fardados e paisanos. É fundamental ter clareza que a "Nova República" e a "consolidação democrática" sob a qual vivemos e sofremos é uma realidade que não teria se estabilizado se não fosse a aceitação pela esquerda colaboracionista em contribuir para o permanente trabalho de separar o exemplo revolucionário dos combatentes dos anos 60 e 70 da memória de nosso povo e do referencial de suas organizações. Ao PT e seus cúmplices só foi permitido pela burguesia atingir os altos postos governamentais graças aos grandiosos serviços contra-revolucionários prestados, inclusive o achincalhe da memória de nossos mártires. Homenagear Marighella é tomar posição em favor da verdade em favor da história de luta de nosso povo, e sendo assim, a maior homenagem que podemos prestar a este revolucionário é prosseguir e avançar sua luta que hoje passa necessariamente por fortalecer a organização dos trabalhadores nos bairros, fábricas, escolas, favelas e campos, amadurecendo aí uma firme perspectiva revolucionária, derrotando o governismo, e combatendo as perspectivas reformistas.
Marighella?? PRESENTE!!!!!
Ousar Lutar, Ousar vencer!
Pelo Socialismo e Pela Liberdade!
35 ANOS SEM MARIGHELLA
União Popular Anarquista - UNIPA
Sabemos e estamos convictos que a memória histórica também é um importante campo onde se trava a luta de classes, e por isto, também é dever dos revolucionários saber intervir e disputar neste campo com a burguesia, pois, como já foi dito por historiadores pertencentes ao campo do socialismo: "quem controla o passado, controla o futuro". Aquilo que conhecemos a respeito do nosso passado, e a forma pela qual o conhecemos influencia diretamente naquilo que entendemos que podemos construir em nosso futuro, e para todos os socialistas revolucionários não existe melhor aprendizado para as presentes e futuras batalhas contra a burguesia que aquele que nos fornece a história das lutas passadas dos trabalhadores pela sua libertação.
Dia 04 de novembro de 1969, Alameda Casa Branca, cidade de São Paulo. Neste dia e neste local era assassinado pelos comandos da repressão política da ditadura militar-burguesa o revolucionário e combatente Carlos Marighella. O "terrorista" - como era norma qualificar os revolucionários em armas, e como voltou a ser hoje em dia - havia sido capturado numa trama policial que envolveu todo o arsenal disponível para a guerra suja, tendo como seu instrumento maior a prática generalizada da tortura como método de extração de informações. Tal era o terror que os revolucionários em geral, e Marighella em particular, inspiravam nos agentes repressores da burguesia que no cerco que levou à morte de Marighella registrou-se o fato de os policiais balearam-se entre si tomados pelo nervosismo.
Carlos Marighella, filho de uma negra baiana e de um operário imigrante italiano, nasceu no seio da classe a qual iria servir - não sem contradições, fique claro - entregando neste serviço sua vida e sua morte. A trajetória política deste revolucionário remonta à década de 30, quando já atuava no interior do Partido Comunista. Com a repressão varguista generalizada contra os militantes de esquerda, é preso durante todo o Estado Novo saindo às ruas na Anistia de 1945, elegendo-se deputado pelo mesmo Partido Comunista para a Assembléia Constituinte. Milita durante toda a década de 1950 neste partido e em 64 recusa-se a seguir a definição do Comitê Central do PCB que exige que seus militantes entreguem-se à repressão reacionária dos golpistas militar-burgueses. Esta atitude, que lhe causou alguns ferimentos à bala quando foi descoberto pela polícia em um cinema onde se escondia, já demonstra uma grave ruptura com a linha política dos colaboracionistas do PC que haviam neglicenciado toda e qualquer resistência popular ao golpe e que agora propunham entregar, cabeças baixas, os militantes do povo nas mãos da repressão, nos marcos da adoção da linha da "oposição democrática" à ditadura.
Marighella vai consolidar seu posicionamento contra a linha do PCB ditada diretamente por Moscou no âmbito da política da "coexistência pacífica" com o mundo capitalista, durante a reunião da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS) em Cuba, onde apontava-se - ao contrário - no caminho da difusão da luta armada em todo o continente. Marighella defende contra o Comitê Central do PCB a política da OLAS e é expulso do partido, não porém, sem antes articular um enorme "racha" no "Partidão" que iria originar a Ação Libertadora Nacional, a maior organização revolucionária político-miltar que atuou no país nas décadas de 60 e 70. Ao contrário do que mente a "história oficial" da burguesia, os camaradas da ALN e das diversas organizações revolucionárias que atuaram neste período, como a Vanguarda Popular Revolucionária, o Movimento Revolucionário 8 de Outubro, a Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares, entre outras, foram não grupos de aventureiros juvenis irresponsáveis, mas a melhor expressão dos operários, estudantes e camponeses organizados na esquerda revolucionária que souberam ousar lutar contra a reação burguesa e contra o reformismo burocrático da esquerda colaboracionista, procurando seus caminhos, tortuosos e incertos, porém, caminhos e não imobilismo.
Longe de nós a tarefa de criação de mitos, ou a promoção de celebrações acríticas e estéreis de personagens da história da luta revolucionária de nosso povo. Os equívocos, e não somente os acertos, de Marighella e de todos os combatentes revolucionários do passado, são uma vasta fonte de aprendizado para nós, todos os militantes revolucionários do presente, e por isto não é nossa intenção ignorá-los, mas sim apresentá-los criticamente. A princípio é preciso deixar claro que Marighella, a vida toda identificou-se e baseou sua prática política nos ensinamentos do marxismo-leninismo, que como a história demonstrou na Rússia e em outras situações revolucionárias, se por um lado apresentou uma relativa eficácia no que diz respeito às tarefas destrutivas da revolução, por outro lado, apresentou-se funesta no que diz respeito às tarefas da construção socialista, tendo guiado em todas as partes, mais cedo ou mais tarde, no sentido da burocratização e da restauração capitalista. Sem nos determos no óbvio equívoco que representa toda a atuação do PCB ao longo da história da luta de classes em nosso país, é importante ressaltar a adoção e defesa por parte de Marighella da estratégia foquista para a luta revolucionária a partir da década de 60, que foi a orientação principal da ALN por ele dirigida.
A crítica anarquista ao foquismo enquanto estratégia revolucionária socialista foi exposta primeiramente pela Federação Anarquista Uruguaia histórica em 1972 em seu documento intitulado "Copei", produzido no calor mesmo da luta armada desenvolvida, sob outra estratégia, por esta organização em seu país. O fundamento desta nossa crítica ao foquismo diz respeito fundamentalmente ao papel das massas e ao papel da organização especificamente política no processo revolucionário. Para a realização de uma revolução social vitoriosa, que efetivamente seja capaz de expropriar e desalojar do poder a burguesia e implantar o Poder Popular construindo o socialismo, é necessário ter como sujeito deste processo importantes setores da massa trabalhadora ativamente organizados e mobilizados, para este fim. A criação de tais condições é tarefa de organizações revolucionárias especificamente políticas que sejam capazes de dirigir a luta dos trabalhadores nos seus mais diversos níveis, inclusive e fundamentalmente a nível de massas, tarefa esta que não pode ser substituída pela ação exclusivamente armada de um foco guerrilheiro tal como preconizado pela teoria do foquismo, que historicamente contribuiu decisivamente para levar os revolucionários à derrota em nosso continente e em nosso país.
Para além destes equívocos apresentados em relação à trajetória militante de Marighella, achamos importante ressaltar o seu exemplo de combatividade, perseverança e intransigência revolucionária, que o conduziu não aos altos postos ministeriais fornecidos pela colaboração com a burguesia, mas ao digno lugar reservado àqueles que tombam em defesa do povo e de seus mais preciosos direitos. Marighella representa acima de tudo a negação do reformismo burocrático e a afirmação da ação revolucionária como princípio. Marighella é a expressão de tudo aquilo que a burguesia brasileira e seus serviçais colaboracionistas no governo federal querem apagar ou deformar em nossa história. Em um momento histórico em que ex-guerrilheiros arrependidos, como José Dirceu e Dilma Roussef, transformam-se em ministros da burguesia, em que convictos reacionários, como José Genoíno, posam como heróis de uma "resistência democrática" que nunca existiu. Neste momento em que Lula e o PT decidem pela manutenção em segredo dos arquivos da ditadura, e em que a grande maioria dos setores populares organizados foram tragados para dentro deste governo neoliberal francamente pró-imperialista, é fundamental manter erguida alta a memória de nossos combatentes. Em relação à nossa história, toda a burguesia e todos os colaboracionistas, na prática, engrossam as fileiras dos ditadores, enquanto nós, as dos combatentes revolucionários. Não há meio termo.
Entendemos que lembrar e homenagear a memória do camarada Carlos Marighella é não somente um ato de justiça, mas antes de tudo uma tarefa política. O legado dos revolucionários da década de 60 e 70 em nosso país não foi apenas abandonado, ele é, pela burguesia e seus serviçais políticos e intelectuais, sistematicamente deformado, ridicularizado, pervertido, de uma maneira que não possa ser resgatado. Existe um abismo no que diz respeito à memória social da luta de classes em nosso país, e este abismo consiste exatamente no que diz respeito ao período da ação revolucionária das organizações político-militares que combateram a ditadura dos capitalista fardados e paisanos. É fundamental ter clareza que a "Nova República" e a "consolidação democrática" sob a qual vivemos e sofremos é uma realidade que não teria se estabilizado se não fosse a aceitação pela esquerda colaboracionista em contribuir para o permanente trabalho de separar o exemplo revolucionário dos combatentes dos anos 60 e 70 da memória de nosso povo e do referencial de suas organizações. Ao PT e seus cúmplices só foi permitido pela burguesia atingir os altos postos governamentais graças aos grandiosos serviços contra-revolucionários prestados, inclusive o achincalhe da memória de nossos mártires. Homenagear Marighella é tomar posição em favor da verdade em favor da história de luta de nosso povo, e sendo assim, a maior homenagem que podemos prestar a este revolucionário é prosseguir e avançar sua luta que hoje passa necessariamente por fortalecer a organização dos trabalhadores nos bairros, fábricas, escolas, favelas e campos, amadurecendo aí uma firme perspectiva revolucionária, derrotando o governismo, e combatendo as perspectivas reformistas.
Marighella?? PRESENTE!!!!!
Ousar Lutar, Ousar vencer!
Pelo Socialismo e Pela Liberdade!
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